Caso Fernanda: Promotor afirma que vigia estaria ocultando informações valiosas

O promotor Ubiraci Rocha (foto), integrante do Núcleo da Promotoria do Tribunal do Júri da comarca de Teresina e um dos promotores encarregados para acompanhar as investigações em torno da morte da estudante Fernanda Lages Veras, 19 anos, afirmou ao Portal da Clube, nesta quarta-feira (28), que o vigia da obra da nova sede do Ministério Público Federal ainda não disse tudo que sabe. "Acredito que o vigia está ocultando informações, mas se houver a necessidade ele será convocado para depor novamente", falou.
Ubiraci disse não ter conhecimento sobre a convocação do ex-deputado José Ribamar Cabelouro (PMDB) e o engenheiro Jivago Castro para depor na Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico), conforme declaração dada pelo promotor Eliardo Cabral, que também segue o caso.

Ele não questiona a competência de Eliardo, mas falou que é bem diferente dele. "Somos distintos na forma como dar andamento às investigações". O promotor assegura também não saber das informações repassadas por Eliardo à imprensa. "Vou buscar um entendimento com ele para que possamos chegar a um resultado", ressalta.

Fotos reveladoras


Ainda sobre as últimas declarações feitas por Eliardo Cabral, onde afirma que a Polícia já possui imagens reveladoras da vítima com o criminoso, Ubiraci também garante que não teve acesso a esses materiais devido a falta de tempo.

"Queima de arquivo"
Em declaração à imprensa, Eliardo Cabral também confirmou a tese de "queima de arquivo" e do envolvimento de Fernanda com o tráfico de mulheres. Com relação a isso, Ubiraci admitiu que a tese é do outro promotor e não dele. "Estou esperando a verificação do laudo pericial para fazer tal afirmação. Essa tese é sustentada pelo Eliardo".

Suspeito teria fugido

Quando indagado sobre o fato da Polícia ainda não ter divulgado o nome do criminoso e, com isso, haver a possibilidade de uma fuga, o promotor comentou que "é possível, mas as autoridadess devem tomar todos os cuidados necessários para que isso não aconteça".

Reconstituição do crime

Diferentemente do que alguns veículos de comunicação divulgaram, a reconstituição do crime não foi realizada. De acordo com o promotor, a Polícia percorreu o trajeto que a estudante fez no dia de sua morte. "Não houve a reconstituição do crime, mas sim a cronometragem do último percurso feito por Fernanda, que teria saído do bar Pernambuco até as obras do Ministério Público Federal", explicou.

Na próxima segunda-feira (3), os dois promotores pedirão à Procuradoria Geral a exclusividade no caso Fernanda Lages, para que não haja falta de entendimento entre ambos.

fonte:portal da clube

Nenhum comentário:

Postar um comentário